sexta-feira, 19 de abril de 2013




"And with a sad heart I say bye to you and wave
Kicking shadows on the street
for every mistake that I had made
And like a baby boy I never was a man
Until I saw your blue eyes crying
and I held your face in my hand
And then I fell down yelling
"make it go away!"
Just make a smile come back
and shine just like it used to be
And then she whispered
"How can you do this to me?"






"Quando estamos contentes, apreciamos a música. Quando estamos tristes, percebemos a letra."
Sinto-me tão fraca e, cada vez mais, tenho a certeza de que o sou. De que todas aquelas vezes em que julguei ser a pessoa mais forte do mundo, em que julguei ser capaz de suportar as maiores desilusões e ultrapassar os maiores obstáculos, estava apenas a fazer castelos no ar. Apenas isso.
Hoje, tal como em todos os outros dias, não passo de uma miúda que nada sabe da vida. Logo eu, que sempre me julguei tão conhecedora de tudo. Logo eu, que sempre dei tantos conselhos sobre tudo e mais alguma coisa. Hoje, sei que nada valho. Hoje sinto-me assim, inútil, incapaz do que quer que seja e estou farta disto. Farta de não conseguir enfrentar os meus problemas, farta de não ultrapassar, farta de continuar a deixar que as pessoas me desiludam e me afetem com o que me fazem. Farta de dar o melhor de mim e de não receber nada em troca.
Hoje, eu só queria ter um botão OFF para esquecer tudo e todos. Hoje eu só queria não pensar, não chorar, não sentir. Hoje, eu só queria não existir.

E de que serve tudo isto? De nada, porque sou e continuarei a ser fraca...


Só um desabafo.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

...
Hoje a saudade resolveu dizer olá, não sei bem porquê, nem sei bem porque deixei que ela entrasse. Mas deixei e ela não está a querer ir embora. São cinco da manhã, é a terceira noite consecutiva em que não consigo dormir, o sono, ao contrário desta saudade, não quer entrar.
Bolas, como eu gostava de poder deitar a cabeça na almofada e dormir. Em vez disso, apetece-me voltar a chamar-te para junto de mim, voltar a ir ao cinema contigo e passear contigo na praia. Apetece-me comer os teus almoços maravilhosos, que trates de mim e me tapes quando tenho frio. E sim, hoje está tanto frio. Apetece-me voltar as noites intermináveis. Apetece-me só mais uma vez ouvir-te dizer que gostas de mim, ter mais uma flor tua, mais um bilhete apaixonado, mais um beijo. Apetece-me voltar a viver tudo só mais uma vez porque tenho medo de me esquecer. E não, não me quero esquecer do teu cheiro, da tua maneira atrapalhada de arranjares o cabelo depois do banho, das tuas mãos, dos teus olhos brilhantes e da tua voz. Como eu amava a tua voz. Apetece-me voltar a ser aquilo que fomos um dia. Voltar a sentir a melhor sensação do mundo quando me abraças e sentir um arrepio na espinha cada vez que me sussurras ao ouvido. Apetece-me chamar-te para aqui. Ver-te brincar com o meu cabelo e adormecer abraçada a ti. 
Apetece-me chamar nomes às tuas amigas todas e ver-te ter ciúmes dos meus amigos.
Apetece-me tudo de volta. Só mais uma vez. Para matar saudades. Saudades de ti, saudades daquilo que fui, saudades daquilo que fomos.

No dia em que te conheci eu mudei, nunca mais fui a mesma. Aliás, a partir desse dia sinto que sou uma pessoa diferente todos os dias da minha vida. Perdi o medo de dizer às pessoas o quanto são importantes para mim, perdi o medo de arriscar no que sempre julguei ser impossível. Perdi o medo e ganhei capacidades. A maior de todas elas foi a capacidade de amar, não daquele jeito atarantado de adolescente, mas sim amar de verdade.
Sempre odiei a forma como te zangavas comigo, como não me davas razão quando eu a tinha, como não me deixavas fazer as coisas à minha maneira. Sempre odiei que não me desses toda a atenção, que não achasses as minhas piadas engraçadas, que te chateasses comigo quando o Benfica perdia. Mas sempre adorei a forma como me fazias sorrir e, apenas isso, me fazia esquecer todas aquelas coisas que eu odiava. Ainda hoje, recordo o teu sorriso e guardo-o no coração, trancado a sete chaves, para que nunca possa fugir, nem que seja das minhas memórias. Ainda hoje, desligas-me do mundo e dás-me vontade de dançar quando sorris, dançar como se não houvesse amanhã. Fazes parte de mim e não, não consigo deixar tudo isto para trás. E hoje sei que, de cada vez que te disse que eras o meu Mundo, era mesmo verdade. Só de pensar na sua dimensão, percebo a grandiosidade do que sinto e sim, tenho medo, muito. Mas logo a seguir recordo-me do teu sorriso e acalmo-me, dás-me tranquilidade, transmites-me paz, por incrível que pareça. Talvez seja isso que, ainda hoje, faz de ti o melhor de tudo, faz com que ainda te sinta em mim. Estás tão longe, mas é como se te sentisse aqui ao meu lado, tal como em todas aquelas noites que estiveste comigo.
E sim, eu sei que não devia sentir isto, sei que é errado. Sei que tantas são as vezes em que me magoas, mas não consigo esquecer tantas outras em que me fazes feliz. Talvez seja por isso que não consigo desistir. Talvez o único defeito deste nosso amor, é não ter sido eterno.