quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Coimbra *.*

Coimbraa!

Cidade dos estudantes, minha casa nos próximos, pelo menos, quatro anos.

Tenho finalmente a distância que pedi vezes sem fim nestes últimos tempos. Deverei estar descansada? Optimista? Feliz? Sim, sim, não. Os quilómetros que me separam de tudo o que me fazia sofrer dão-me a possibilidade de estar minimamente descansada, dão-me um certo optimismo e até alguma esperança em crer que tudo isto irá mudar. . . Agora, felicidade? Não, não poderei dizer que estou feliz. Por muito que me afaste de S.A., por muito que tente sorrir e não pensar em tudo o que deixei para trás, não consigo. Tudo o que de mau ficou para trás resumiu-se a um simples espaço e sentimento quase que ‘físicos’. Tudo o resto veio comigo e teima em me acompanhar diariamente no pensamento e no coração. Até porque o esquecimento total é perfeitamente fictício, as pegadas impressas na alma são indestrutíveis.

Tudo me leva a crer que por vezes o melhor a fazer seria tentar recompor a minha vida, tentar seguir o ideal de que, tal como quando estamos perante um precipício a única maneira de andar para a frente é dar um passo para trás. Não sou assim, não sou agarrada a ideais, sigo os meus objectivos por muito desfocados que sejam.

O passado acabou! Ficou gravado em páginas perfumadas de um livro muito bonito, com uma capa muito colorida mas no qual a história teve um desfecho, ao contrário de todos os outros contos de fadas, infeliz. Não há volta a dar, não adianta lutar mais por algo que se perdeu, não adianta reescrever páginas arrancadas e perdidas para sempre, não adianta querer contar tudo de novo, não há imaginação, não há talento, não há capacidade para tal. Um grande escritor nunca faz duas obras de igual sucesso, algumas superam, outros ficam abaixo das expectativas. Esta nem chegou a roçar o limite dessas minhas expectativas, ao tentar recuperar o pedaço que foi destruído apenas consegui desiludir-me ainda mais. A arte de viver consiste em sacrificar uma paixão baixa por outra mais elevada e há muito que fiz a minha escolha. Agora posso finalmente dizer que vivo na pior de todas as prisões, um coração fechado. Arrumações sentimentais, uns que saíram, outros que entraram e ainda os que reforçaram a sua presença e o seu valor em mim e para mim. Odiarmo-nos a nós mesmos é muito mais fácil do que se pensa, é muito mais fácil de alcançar este tipo de estados de espírito e de revolta interior do que aquilo que possamos pensar. Mas até isto acabou. É tempo de mudar :’D

Se existem duas atitudes morais de que o nosso tempo necessita com urgência, elas são o autocontrole e o altruísmo. É isto que pretendo, é nisto que vou acreditar, serão estas as minhas crenças. Metade dos nossos erros na vida nascem do facto de sentirmos quando devíamos pensar e pensarmos quando devíamos sentir. Se é esta a solução, se é aqui que está o segredo que procuro então SIGAAAA *.* Autocontrole será um pouco mais difícil de atingir. Mas lá chegarei, não há impossíveis não é?

Nova cidade, nova rotina, novos hábitos, novas pessoas, novas experiências, novos cheiros, novas ruas, nova escola, velhos amigos! Serão sempre os meus únicos e insubstituíveis amigos! Gémea, Flávia, Sara, Raquel, Sílviaa, Loira. . .Patrick, Paulo, Jer, Rui, Reco. . . Vocês estarão sempre aquii! Há coisas que nunca mudam e eu faço questão de que fiquem sempre presentes na minha vida, o vosso valor é incontornável, todos vocês ajudaram a transformar aquela criança nesta ‘mulher’, todos vocês já são um bocadinho de mim! Por tudo isto me custou tanto despedir de vocês, daqueles que foi possível. Quanto a ti, amooooor, foste sem dúvida a pessoa de quem mais me custou separar. Por muito longe que eu esteja quero que saibas que estarás sempre aquiii <3>

AMO’TE HOJE E SEMPRE <’3

Perde-te comigo *.*







1 comentário:

Flávia disse...

lindo lindo lindo.....inspirast-m ;)

bjitx
dps passa n meu e ves os resultados

adrt miuda